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Josias Pereira

Mineiro de Pedra Azul, jornalista graduado pela Centro Universitário Newton Paiva, editor do Flashscore Brasil, há mais de uma década no jornalismo esportivo e com experiência em coberturas internacionais, como duas Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. Ex-setorista do Cruzeiro em O TEMPO e na FM O TEMPO. Colunista.

OPINIÃO

Como é bom ver a imagem do Cruzeiro resplandecer — em múltiplos espaços

O torcedor celeste tem que se orgulhar deste movimento e dedicar ao menos uma parcela do seu tempo para valorizar o trabalho dos Times do Cruzeiro.

Por Josias Pereira
Publicado em 22 de maio de 2025 | 08:52

Sempre vou ser um grande entusiasta do esporte. E quando digo esporte, não falo apenas do futebol profissional masculino. Tenho acompanhado com muita felicidade os resultados e feitos expressivos do Cruzeiro em múltiplas modalidades. As cinco estrelas resplandecem mais do que nunca por todo país. O torcedor celeste tem que se orgulhar deste movimento e dedicar ao menos uma parcela do seu tempo para valorizar o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos Times do Cruzeiro. 

Podemos começar pelo vôlei do Sada Cruzeiro, absolutamente o mais bem sucedido e vitorioso projeto esportivo profissional que temos notícia. São 57 títulos em um período de 15 anos — praticamente quatro conquistas por temporada. Aparições em 65 finais (!). Não há registro de tamanho domínio na história do esporte coletivo, basta pensarmos que existem times que demoram mais de um século para conquistar talvez 10, cinco ou apenas uma taça. Isso quando ainda permanecem vivos. O eneacampeonato da Superliga Masculina é mais um ponto de exclamação nessa história, que coloca o Sada Cruzeiro como maior vencedor isolado da competição.  

Podemos falar aqui também da grande campanha que vem sendo executada pelo futebol feminino do Cruzeiro no Brasileirão. A liderança não é um acaso. É resultado de um processo. Lembro muito bem de quando tudo começou. Uma apresentação no campo da PUC do Coração Eucarístico. E tem sido um grande prazer acompanhar o desenvolvimento deste projeto, especialmente destacar o papel da Bárbara Fonseca, atual gerente do futebol feminino celeste, uma pessoa completamente engajada na evolução do esporte e que vem tendo seu esforço laureado com a ponta do Brasileiro.

Em uma modalidade que acostumou-se a ver o domínio paulista, o Cruzeiro desponta como aquela força fora do eixo. Mas isso não surgiu de uma hora para outra. É possível ver ano após ano. o, títulos mineiros, classificação ao mata-mata do Brasileiro, chegada a uma final nacional, liderança. Uma escada. Definitivamente estou ansioso para ver o que o futuro reserva às Cabulosas. 

Destaco aqui também o basquete do Cruzeiro, que nessa última quarta-feira (21) conseguiu mais um grande feito. Apoiado pela prefeitura de Itatiaiuçu e por uma bonita festa da torcida celeste, o time cravou sua presença na final da Liga Ouro, a divisão de o do NBB. Existe um claro objetivo de chegar à elite da modalidade e os caminhos conduzem para tal momento, aquele ponto de convergência que poderá fazer com que Minas tenha mais um time de basquete no NBB, como acontecia na saudosa época de Uberlândia e Minas Tênis Clube. 

A vitória na série contra a Liga Sorocabana foi conquistada no coração, com grandes viradas dentro de casa. Para a grande decisão, contra o Osasco, a Raposa carregará mais uma vez a vantagem de decidir em casa, um prêmio por ter terminado a temporada regular na liderança (8 vitórias e 2 derrotas) e ter avançado diretamente para as semifinais.

Apaixonado pelo basquete como sou, torço demais pelo sucesso deste projeto — estive lá no final four do Brasileirão da CBB — e faço votos para que o objetivo traçado seja executado, inclusive com a chegada de mais patrocínios para bancar as despesas da montagem de um time competitivo. O NBB é um nível muito acima. É necessário investimento para estar entre os grandes do basquete nacional. 

Exalto aqui também o futsal do Cruzeiro. Não é fácil disputar a elite da modalidade e obviamente há muito ainda por se fazer —especialmente internamente — para que o projeto decole. Mas o time realizou movimentos interessantes nas últimas semanas, vencendo a primeira na competição nacional e ainda reabrindo o Mineirinho para uma partida da modalidade. O triunfo pode não ter vindo no mítico ginásio — que inclusive deveria ser mais utilizado para sua finalidade principal: servir o esporte do estado, como já foi outrora —, mas ou um recado claro de que há algo acontecendo e que este time, com investimentos, parcerias e um projeto a longo prazo, pode se destacar. 

Valorizar também o futebol americano celeste que no próximo dia 31 de maio vai decidir o Gerais Bowl contra o Uberlândia Lobos, no estádio Municipal de Ibirité. A Raposa luta pelo bicampeonato da competição. 

No último dia 18 de maio houve ainda mais uma edição do Treinão Cinco Estrelas na Lagoa da Pampulha, valorizando a corrida de rua e a caminhada. É o Cruzeiro em movimento mais do que nunca. 

Muitos erroneamente podem dizer que investir em outras modalidades tira o foco do mais importante — o futebol masculino profissional. Mas estes projetos caminham com suas próprias pernas, angariando patrocinadores e apoiadores.

A participação da SAF do Cruzeiro é nula — exceto no futebol feminino — e o papel da associação é apenas pontual. Uma cessão do nome. Por isso, mais do que nunca, é preciso apoiar o que vem sendo desenvolvido, pois cada um destes projetos baseia-se na força da torcida do Cruzeiro, tanto para consumo quanto para público. Além disso, é sempre um orgulho poder ver um clube cada vez mais inclusivo e abrindo portas para fomentar o esporte nos mais variados níveis.