O metapneumovírus, que causa um surto de casos na China nas últimas semanas, tem sintomas semelhantes aos sinais apresentados por pacientes diagnosticados com outras doenças respiratórias. A Organização Mundial de Saúde (OMS) monitora a situação no país asiático e trata o organismo como um “vírus respiratório bastante comum”.
No Brasil, apesar de não se ter uma declaração de alerta internacional, o Ministério da Saúde informou que monitora a evolução da doença na China. Segundo a pasta, as últimas atualizações de vigilância do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (China CDC) apontam que a magnitude e intensidade das infecções respiratórias foram menores do que as registradas no mesmo período do ano anterior.
Sintomas
De acordo com a OMS, os sintomas são considerados relativamente leves para quadros sem gravidade:
- Febre
- Tosse
- Congestão nasal
- Respiração ofegante
Já em casos graves, os pacientes podem evoluir para quadros de pneumonia. O agravamento é mais comum a idosos, crianças e pessoas com comorbidades que podem apresentar os seguintes sintomas:
- Dor torácica;
- Tosse seca ou com catarro;
- Calafrios;
- Fadiga;
- Febre alta;
- Confusão mental;
- Fraqueza;
- Mal-estar.
Transmissão
Conforme a OMS, o vírus se espalha por meio de gotículas, contato próximo ou superfícies contaminadas. Atualmente, não existe terapia antiviral específica e nem vacina para prevenir a doença.
Medidas preventivas
A OMS recomenda medidas simples para controlar as infecções por HPMV, semelhantes aos métodos preventivos que se aplicam a diversas doenças respiratórias, desde a gripe até a Covid-19.
A agência ressalta que as pessoas devem ficar em casa quando estiverem doentes. Também é necessário fazer uso de máscaras em espaços lotados ou mal ventilados, lembrando sempre de cobrir a boca ao tossir ou espirrar com lenço de papel ou cotovelo dobrado.
Outra medida importante para impedir a propagação do vírus é lavar as mãos e limpar as superfícies regularmente.
Há riscos?
Especialistas afirmam que o metapneumovírus não é uma “nova ameaça”, mas sim uma doença respiratória já conhecida. “Trata-se de um vírus comum, que circula no mundo há mais de 60 anos, mas que só foi identificado pelos cientistas no início dos anos 2000, devido à sua lenta taxa de crescimento e sintomas inespecíficos”, destacou a OMS.
Sobre o HPMV
O HMPV é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores, e foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2004. Desde então, o vírus tem sido monitorado como parte das atividades de vigilância epidemiológica do ministério, que inclui a coleta e análise de dados sobre doenças respiratórias.
É um vírus conhecido no mundo e comum em casos de síndrome gripal (casos leves), podendo eventualmente evoluir para casos de síndrome respiratória aguda grave que requerem internação.
A vigilância do HMPV é realizada através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com a identificação de casos por meio dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHEs) em serviços de saúde. Esses núcleos monitoram a circulação de diversos patógenos respiratórios, incluindo o HMPV, em diferentes regiões do país.