Quem ar pela praça Sete, no hipercentro de Belo Horizonte, durante esta semana, pode se surpreender com a instalação de três caixas de acrílico transparente que foram instaladas no canteiro central da praça nesta segunda-feira (2). Os recipientes, de dois metros quadrados cada, ficarão na praça até sexta-feira (6). A ideia é conscientizar as pessoas sobre a quantidade de lixo que é jogado no chão de Belo Horizonte, cerca de 123 toneladas todos os dias e a regional, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) é a que mais produz lixo na cidade.

Apesar de a praça, assim como outras áreas da cidade, ser varrida pelos trabalhadores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), pelo menos, quatro vezes ao dia (incluindo domingos e feriados), o trabalho dos garis é ineficiente quando comparado à falta de educação da população. Só nos quatro quarteirões fechados da praça, há um total de 90 lixeiras da Prefeitura de Belo Horizonte, sem contar as que estão dentro dos estabelecimentos comerciais (em toda cidade, são 23 mil cestos de lixo), mas mesmo assim, muito lixo ainda é dispensado no chão.

De acordo com a PBH, o maior desafio é a manutenção da limpeza, após os serviços dos quase 3000 mil garis. “Limpar a cidade é tarefa do poder público, mas mantê-la limpa é responsabilidade de todos. A população pode colaborar com o trabalho da limpeza urbana com ações simples, como não jogar lixo ou entulho nas vias públicas, córregos, lotes vagos, bueiros e encostas”, diz a nota enviada à reportagem.

Ao longo da semana, a equipe de Mobilização Social da SLU abordará comerciantes e pedestres, com orientações sobre os serviços de limpeza disponíveis na região.

Lixo da cidade

São recolhidos papeis, embalagens plásticas, pontas de cigarro, garrafas de vidro e restos de alimentos. Ao todo, Belo Horizonte tem uma geração diária de 2.280 toneladas de lixo, incluindo resíduos domiciliares (1.795 toneladas), de varrição e capina (123 toneladas) e de decomposições clandestinas (300 toneladas). A regional Centro-Sul de BH é a que mais produz lixo na cidade.

 

Além da varrição

De acordo com a PBH, além da varrição e da coleta de resíduos domiciliares, os garis também realizam a capina seis vezes por ano e a retirada de adesivos e cartazes de 1,5 mil postes, mensalmente. Também é feita a lavação de mais de cem pontos considerados críticos diariamente, inclusive aos domingos, onde há uma grande concentração de pessoas circulando.

Faça sua parte

 • Embale corretamente seu lixo, em sacolas resistentes, bem fechadas e de tamanho adequado, para evitar que elas se abram e espalhem os resíduos nas vias públicas. Lixo não embalado, além de exalar mau cheiro, atrai vetores de doenças;

• Respeite os dias e horários de exposição do lixo para coleta. Evite deixar seu lixo na rua por mais tempo que o necessário;

• Proteja o vidro e outros perfurocortantes (estiletes, pregos, lâminas), envolvendo-os em algum material resistente (garrafas PET, por exemplo), antes de colocá-los na sacola. Não se esqueça de pressionar as tampas das latas para dentro. Esses materiais desprotegidos podem ferir o gari, mesmo se ele estiver usando luvas protetoras.

• Zele pela conservação dos cestos coletores e dos contêineres de coleta seletiva. A depredação é prejudicial a todos;

• É dever do proprietário do imóvel preservar e manter limpa a calçada em frente ao seu estabelecimento comercial ou sua residência;

• Utilize as Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV). Elas são locais apropriados para a população entregar gratuitamente materiais que não são recolhidos pela coleta convencional, como por exemplo, entulho de construção e demolição (sobras de tijolos, telhas, argamassa, pedra e terra), madeira, podas de árvores e jardins, pneus, entre outros resíduos. Cada URPV recebe até o limite diário de 1m³ por viagem, incluindo pneus, colchões e móveis velhos. As URPVs ficam abertas de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. Aos sábados e domingos, o funcionamento é das 7h40 às 16h.