Sebastião Salgado morreu nesta sexta (23), aos 81 anos. O fotógrafo mineiro, natural de Aimorés, era reconhecido no mundo todo por suas imagens impactantes de guerras e mazelas humanas, que combinavam a dureza da temática com a beleza em preto & branco do registro.
Sebastião Salgado convivia com as sequelas de uma malária adquirida na década de 1990, e, de acordo com amigos, os medicamentos deixaram de funcionar nos últimos anos. Ele vivia em Paris.
Em nota, o Instituto Terra, organização não-governamental fundada pelo fotógrafo, confirmou a notícia da morte: "Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora".
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Sebastião Salgado, 80, um dos maiores fotógrafos do mundo, morreu nesta sexta-feira (23) em Paris. A causa da morte ainda não havia sido divulgada até o final da tarde, pelo horário da França. Salgado sofria de problemas de saúde crônicos relacionados à malária, doença que contraiu nos anos 1990.
Neste sábado (24), participaria do vernissage de vitrais desenhados pelo filho Rodrigo, que tem síndrome de Down, para uma igreja na cidade de Reims. Na véspera, Salgado havia cancelado sua presença em um encontro para jornalistas também em Reims, alegando problemas de saúde.
A reportagem da Folha esteve com Salgado há um mês, para entrevistá-lo sobre os vitrais de Rodrigo. Na ocasião, ele disse que vinha fazendo um novo tratamento, que lhe dera mais energia.
"Minhas fotos talvez sobrevivam cem anos, mas os vitrais dele vão ficar por milhares de anos", disse Salgado na ocasião.
O fotógrafo se consagrou no final dos anos 1980 com uma série de imagens em preto e branco de Serra Pelada, local de mineração de ouro na Amazônia que atraiu dezenas de milhares de trabalhadores que acalentavam o sonho de ficar ricos. (Folhapress)