Russell Crowe explica porque recusou convite para 'O Senhor dos Anéis'

Ninguém entendeu a decisão de Russell Crowe, 61, de recusar o convite para interpretar o personagem Aragorn em "O Senhor dos Anéis", no início dos anos 2000.

Em uma entrevista recente, o ator finalmente contou o que teria acontecido. Apesar de ser um grande fã das obras de J.R.R. Tolkien, ele explicou que, durante uma conversa telefônica com Peter Jackson, percebeu que o diretor não demonstrava entusiasmo em tê-lo no projeto.

Crowe enfatizou ter notado que a decisão de escalá-lo partia mais do estúdio do que do próprio diretor. Como ambos são neozelandeses, o ator contou ter captado nuances na conversa que indicavam que Jackson já tinha outro ator em mente para o papel.

"Ele não dizia as coisas que diretores normalmente falam quando estão tentando te atrair para um projeto", comentou. "Eu meio que tive a sensação de que ele já tinha outra pessoa em mente para o papel. Senti que o diretor queria outro ator e dizer 'sim' iria, na verdade, atrapalhar."

A recusa de Crowe teve um custo financeiro significativo. A oferta incluía 10% dos lucros da trilogia, além de um salário de US$ 100 milhões (algo em torno de R$ 566 milhões na cotação atual). O nome de Crowe foi levantado pela produção porque, na época, ele havia sido amplamente elogiado por sua atuação como Máximus Decimus Meridius em Gladiador, de Ridley Scott, lançado em 2000.

"Ele tinha outros planos, então eu deixei por isso mesmo", comentou o ator, em entrevista à GQ britânica. O papel de Aragorn acabou sendo interpretado por Viggo Mortensen, cuja atuação foi amplamente elogiada e se tornou emblemática na franquia. Apesar da perda financeira, Crowe afirmou que não se arrepende de sua decisão, pois acredita que Mortensen foi a escolha certa para o papel.