Maria Zilda Bethlem, atriz que participou de novelas icônicas da Globo nos anos 1980 e 1990, processou a emissora carioca. O motivo? Que a empresa reveja os valores que recebe pelas reprises de novelas de que participou em outras plataformas, assim como de vendas no exterior. Até o momento, a Vênus platinada levou a melhor, vencendo a primeira instância.

A atriz confessou, numa entrevista ao site F5, que a ideia não “surgiu do nada”, mas fruto de muitas conversas com colegas e reflexões. “Decidi entrar com o processo quando percebi que, ao longo dos anos, as obras que ajudei a construir — com minha interpretação, meu corpo, minha voz — estavam sendo reexibidas, comercializadas e exploradas sem que eu sequer soubesse como, onde e quanto. A ideia não surgiu de um dia para o outro; foi o resultado de um longo incômodo, de conversas com colegas, de reflexões sobre o respeito à nossa profissão. Maturou, sobretudo, quando compreendi que esse não é só um direito meu”, desabafou.

A ex-global também confessou que muitos artistas ainda têm medo de se manifestarem sobre o assunto, por causa do poder da emissora. “Sim, tenho recebido manifestações de apoio públicas e privadas. Muitos colegas ainda têm medo de se posicionar, compreensivelmente, pela força que a Globo exerce no mercado. Só não estou sozinha porque tenho meus advogados“, revelou.

Maria Zilda Bethlem fez sua última novela na Globo em 2016 com Êta Mundo Bom! O auge da atriz, contudo, foi nos anos 1980 com as tramas de Bebê a Bordo (1988) e Top Model (1989).

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