O presidente americano, Donald Trump, anunciou, nesta segunda-feira (21/4), que participará do funeral do papa Francisco, em Roma, acompanhado da primeira-dama, Melania Trump. O papa morreu por acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca nesta segunda, conforme informações do Vaticano

"Melania e eu iremos ao funeral do papa Francisco, em Roma. Estamos ansiosos para estar lá!", escreveu o presidente em sua plataforma, Truth Social. As políticas antimigratórias de Trump foram alvo de críticas frequentes pelo falecido pontífice.

O presidente americano, Donald Trump, se considera um defensor da fé, um eleito de Deus, mas para o falecido papa Francisco, ele não era cristão. Para o pontífice, sua política migratória diz mais sobre ele do que suas palavras.

O papa argentino não costumava ter rodeios, nem mesmo diante de uma pessoa ilustre. Em 2016, interveio à distância na campanha presidencial com um comentário sobre o então candidato Trump: "Uma pessoa que quer construir muros e não pontes não é cristã".

O bilionário, que prometeu em seguida erguer um muro ao longo da fronteira dos Estados Unidos com o México, qualificou o comentário de "escandaloso".

Manifestações do presidente

Mesmo discordando do papa sobre a questão migratória, Donald Trump publicou uma breve mensagem em sua plataforma, Truth Social, após a morte de Francisco. "Descanse em paz, papa Francisco! Que Deus o abençoe, assim como a todos os que o amaram", escreveu. 

Mais tarde, anunciou ter ordenado que as bandeiras americanas sejam hasteadas a meio mastro nos prédios públicos em homenagem ao papa, a quem se referiu como um "homem bom".

O vice-presidente JD Vance, que se converteu ao catolicismo em 2019 e se reuniu com o líder da Igreja católica no domingo, também foi conciso em sua mensagem.

"Meu coração está com os milhões de cristãos em todo o mundo que o amaram. Fiquei contente por tê-lo visto ontem, apesar de que obviamente estava muito doente", postou no X.

O presidente americano, que se define como cristão, afirmou, no dia de sua posse, que Deus o "salvou" de uma tentativa de assassinato para deter a decadência geral dos Estados Unidos.

Ele criou um "escritório da fé" na Casa Branca e recentemente publicou uma foto na qual aparece rezando no Salão Oval, cercado por guias espirituais evangélicos.