CASOS DE GRIPE

BH pode ver alívio na superlotação hospitalar em duas semanas, diz secretário de saúde

Danilo Borges, titular da pasta, informou que casos de gripe em crianças já vêm apresentando redução, porém, entre idosos, está crescendo

Por Leticya Bernadete e Letícia Fontes
Publicado em 30 de maio de 2025 | 13:12

O secretário de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges, estima que, em duas semanas, a população pode perceber melhoras na superlotação dos hospitais na capital mineira, causada pelo alto índice de casos de síndrome respiratória aguda grave. Em entrevista ao programa Café com Política, exibido no canal no YouTube de O TEMPO nesta sexta-feira (30 de maio), o titular da pasta informou que os casos de gripe em crianças já vêm apresentando redução, porém, entre idosos, está crescendo. Apesar disso, Borges afirmou que a situação na cidade está “sob controle”.

Conforme o secretário, há uma sazonalidade para doenças respiratórias. Neste ano, ela começou mais cedo em comparação com o ano ado, por conta do clima frio. Diante do aumento dos casos, especialmente entre crianças, a Prefeitura de Belo Horizonte buscou ampliar o número de leitos infantis. No momento, com a redução na pressão por atendimento para crianças, o foco será nos adultos, com ampliação de leito para este público.

No início de abril, a istração municipal decretou situação de emergência por conta do alto índice de casos de síndrome respiratória aguda grave. Borges explica que o decreto continua em vigência, mas a situação está controlada, com a expectativa da população notar a melhora em até duas semanas.

“Belo Horizonte decretou emergência em saúde pública baseado em números e um aumento expressivo de casos, mas não necessariamente estar com esse decreto em vigência significa que a situação está crítica. O decreto nos permite abrir novos serviços, contratar mais agilmente novos profissionais, insumos, materiais, exames, expandir a nossa rede e também receber recursos do governo estadual e do governo federal. É por isso que a gente também ainda mantém o decreto de emergência em vigor. Agora, a situação está sob controle”, destaca.

Baixa vacinação

Um problema identificado pela Secretaria de Saúde é o baixo índice de vacinação contra a gripe. Como lembra Borges, há um movimento que apresenta resistência aos imunizantes por conta de notícias falsas e desinformação. Diante do cenário, a PBH tem buscado ampliar os postos de vacinação na expectativa de atrair a população para se vacinar. Além de aplicar os imunizantes nas escolas municipais, a vacinação também está sendo oferecida em shoppings e estações de metrô, por exemplo.

“São estratégias que a gente está pensando de maneira inovadora, diferente, para tentar melhorar. E, na nossa avaliação, temos conseguido. Do último dia que teve (aplicação de vacinas) no Parque Municipal para cá, saltamos de 26% de cobertura vacinal para praticamente 50%. A meta é 90%, mas a gente já deu um salto grande para um mês e pouco de campanha”, informou.