REDE DE SAÚDE

Secretário de Saúde de BH defende mais hospitais na região para aliviar sistema da capital

Danilo Borges foi entrevistado pelo programa Café com Política, exibido nesta sexta-feira (30 de maio) no canal no YouTube de O TEMPO

Por Leticya Bernadete e Letícia Fontes
Publicado em 30 de maio de 2025 | 13:40

O secretário de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges, defendeu, em entrevista ao programa Café com Política, exibido nesta sexta-feira (30 de maio) no canal no YouTube de O TEMPO, a construção de mais hospitais na região metropolitana da capital. Conforme o titular da pasta, isso diminuiria a sobrecarga do sistema de saúde da cidade. Durante a entrevista, o secretário ainda adiantou que a istração municipal deverá fazer um anúncio em junho sobre novos recursos da União para ampliação das equipes de Saúde da Família em Belo Horizonte.

Conforme Borges, Belo Horizonte tem tecnologia e especialidades que muitas cidades da região e do interior de Minas não têm, o que leva a uma alta procura por atendimento na capital. Por isso, ele reforça a necessidade de novas unidades de saúde não só em Belo Horizonte, mas também em outros municípios, de forma a fortalecer o sistema como um todo.

“É muito importante que a gente tenha uma atuação no sentido de ajudar esses municípios a fortalecerem os seus respectivos sistemas de saúde. Primeiro, para o usuário ter assistência de qualidade perto da casa dele, isso é o desejado, mas também para que o sistema de saúde de Belo Horizonte não fique sobrecarregado”, diz.

O secretário lembra que há um crescimento exponencial da população, especialmente a idosa, que mais necessita de atendimento em saúde. Apesar de destacar que a Prefeitura de Belo Horizonte possui um bom relacionamento com os governos estadual e federal, ele defende que mais recursos sejam enviados à capital para melhorar outros atendimentos além do hospitalar, como na própria rede primária.

“Nós precisamos de mais recursos para custear essas linhas de cuidado, porque a gente tem observado que os investimentos feitos pelo governo estadual e mesmo pelo governo federal não têm acompanhado minimamente os reajustes que os insumos, materiais e medicamentos sofrem pela própria inflação, e quem paga a conta ultimamente tem sido o município.”

Borges cita que a Secretaria de Saúde tem realizado encontros com o governo federal em busca de recursos. A expectativa é que, em junho, o Executivo faça anúncios em relação às equipes de Saúde da Família.

“O prefeito Álvaro Damião está convencido de que essa é uma frente muito importante para se investir no nosso município, exatamente porque é promovendo saúde que se diminui a procura pelo serviço de urgência e até mesmo as internações. Isso, inclusive, barateia o custo da nossa operação como um todo”, afirma.