Após o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sinalizar que a avaliação de estatais incluídas no Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) poderia se arrastar até 2026, o vice-governador Mateus Simões (Novo) solicitou, nesta quinta-feira (5 de junho), uma nova reunião. O vice solicitou um encontro remoto na próxima segunda (9 de junho), às 10h30 ou às 11h, com duração de uma hora.
A solicitação foi feita ao superintendente da Área de Soluções de Infraestrutura do BNDES, Ian Ramalho Guerreiro. O pedido de Simões é que a reunião seja entre técnicos da superintendência da Área de Soluções de Infraestrutura, da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e do Estado de Minas Gerais para “aprofundarmos a discussão do processo de avaliação das empresas estatais mineiras”.
Ao justificar a solicitação, Simões argumentou que, conforme debatido na reunião nessa quarta (4 de junho), na sede do BNDES em Brasília, a regulamentação do Propag “trouxe desafios para o cumprimento de datas de finalização dos trabalhos de avaliação das empresas estatais mineiras e necessidade de definições quanto aos modelos a serem trabalhados por essa instituição”.
Após deixar uma reunião com o diretor de Planejamento e Estruturação do BNDES, Nelson Barbosa, Simões afirmou que uma avaliação definitiva não seria viável até 30 de outubro, data em que o governo Romeu Zema (Novo) deve manifestar à União quais estatais deseja oferecer. “Fiquei até mais preocupado com o fato de que não é possível para outubro e aparentemente também não é possível para o final do ano”, afirmou o vice-governador.
Em entrevista ao Café com Política há 15 dias, o secretário de Estado da Fazenda, Luiz Claudio Gomes, já havia adiantado que o BNDES teria projetado que a avaliação poderia se estender por até 11 meses. Segundo Luiz Claudio, o banco levaria três meses para contratar uma empresa terceira para fazer a precificação e outros oito meses para que a avaliação fosse concluída.