VANDALISMO

Bolsonaro segue em silêncio após atos em Brasília; aliados condenam

Aliados do ex-presidente condenam invasão de bolsonaristas ao Congresso, ao Planalto e ao STF

Por Levy Guimarães
Publicado em 08 de janeiro de 2023 | 19:37

Horas após a invasão ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto, e o Supremo Tribunal Federal (STF),neste domingo (8), o ex-presidente Jair Bolsonaro segue sem se manifestar sobre o ocorrido, assim como seus filhos. Já aliados do ex-mandatário condenaram o episódio nas redes sociais.

O presidente do PL, partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, afirmou, em vídeo, que hoje “é um dia triste para o Brasil”. Segundo o ex-deputado, as manifestações de bolsonaristas até aqui vinham sendo um “exemplo de educação, confiança e de brasilidade”, mas criticou os atos de vandalismo deste domingo.

“Esse movimento de Brasília hoje é uma vergonha para todos nós e não representa o nosso partido. Não representa o Bolsonaro. Os setores de segurança têm que fazer a sua parte. Nós não apoiamos estes movimentos. Nós apoiamos, sim, pátria, família e liberdade. Apoiamos movimentos de bem. Este movimento de Brasília hoje foi uma vergonha para todos nós”, disse.

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, disse que "o debate deve ser o de ideias e a oposição deve ser responsável, apontando direções". 

"Manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos. Não itiremos isso em SP!", publicou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, classificou o ocorrido como “inaceitável”. 

“Em qualquer manifestação deve prevalecer o respeito. É inaceitável o vandalismo ocorrido hoje em Brasília. A liberdade de expressão não pode se misturar com depredação de órgãos públicos. No final, quem pagará seremos todos nós”.

Veja manifestações de parlamentares e parlamentares eleitos:

Deputado Ricardo Barros (PP-PR), ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara

“Repudio toda violência e depredação em Brasília, mas culpar somente o Govermo Ibanês é um erro. Ministro da justiça convocou ontem a Força Nacional para conter a manifestação. Onde estava a força nacional, a PRF , a PF, o exército que ficou dois anos fazendo segurança no Rio?”

Senador eleito Sergio Moro (União-PR)

"Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depredação não são respostas. A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições. Os invasores precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave".

Senador Carlos Portinho (PL-RJ), ex-líder do governo Bolsonaro no Senado

"Nenhuma violência é tolerável. Nenhuma manifestação violenta é democrática. Mas assim às vezes a sociedade se manifesta. Infelizmente. E não somente no nosso país", disse, também por um canal virtual. "É preciso gestos que apaziguem. Governo e Judiciário. Violência e intimidação nos tornam menos democráticos."

Senador Carlos Viana (PL-MG)

“Sempre defendi manifestações pacíficas. Não importa o lado ideológico. Assisto hoje com muita tristeza as cenas em Brasília. A Bíblia ensina que o mais importante é como as coisas terminam. Não como começam. Os entulhos vão encobrir o que foi feito de importante pelo Brasil.”

Senador Fernando Collor (PTB-AL)

A manifestação política, seja qual for, deve ser pacífica e à luz da Constituição. Resultados eleitorais divergentes do esperado não podem alimentar atos antidemocráticos e de ruptura institucional.

Deputada Alê Silva (PL-MG)

“Manifestações sim; mostrar a força do povo; mas discordo totalmente sobre qualquer ato de vandalismo.”

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