FAVORITO

PL, de Bolsonaro, anuncia apoio a Davi Alcolumbre para a presidência do Senado

Senador espera contar com o apoio dos demais partidos e de Rodrigo Pacheco, que deixará o cargo em 2025

Por Levy Guimarães
Publicado em 30 de outubro de 2024 | 18:01

BRASÍLIA - O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciou que vai apoiar o senador Davi Alcolumbre (União-AP) na próxima eleição para a presidência do Senado, em fevereiro de 2025. O martelo foi batido após uma reunião da bancada na tarde desta quarta-feira (30), com a presença de Bolsonaro.

Principal partido de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, o PL possui a segunda maior bancada do Senado, com 14 membros, atrás apenas do PSD, do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), que conta com 15 representantes.

Este é o quinto partido a anunciar apoio formal à candidatura de Alcolumbre. Além do PL, o União Brasil, o PP, o PSD e o PDT já confirmaram que estarão ao lado do senador. Juntas, as bancadas somam 35 senadores. A expectativa é que nas próximas semanas, outras legendas, como o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, façam o mesmo.

Alcolumbre é franco favorito na disputa pelo comando do Senado nos próximos dois anos. Além de ser um aliado de Rodrigo Pacheco, que ainda deve nunca apoio a ele, é influente em todas as bancadas da Casa. Além dele, já se lançaram candidatos os senadores Marcos Pontes (PL-SP), de forma independente; além de Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Eliziane Gama (PSD-MA), em um movimento da bancada feminina.

Condições para o apoio do PL

Após a reunião que definiu o apoio, o líder da Oposição, o senador Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que a primeira condição imposta pelo partido foi a de ocupar espaços importantes em presidências de comissões temáticas e relatorias de projetos, obedecendo à proporcionalidade das bancadas.

Nos dois últimos anos, como não fez parte da aliança que elegeu Pacheco, a legenda foi excluída da divisão do comando das comissões, mesmo sendo a segunda maior do Senado. Marinho também acusa o atual presidente de ter preterido o PL na distribuição de relatorias.

Além disso, os senadores do partido exigem que o projeto de lei que anistia os presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 seja analisado pelo Senado, em caso de aprovação pela Câmara dos Deputados.

“Nós queremos e acreditamos que é possível tratarmos de qualquer tema, sem preconceito, nesta Casa. Inclusive a anistia. [...] Chegando aqui [no Senado], e havendo a maturação, não tenho dúvida de que haverá as condições naturais para que isso tramite”, afirmou Marinho.