-
Dino ironiza possível sanção dos EUA a Moraes e diz que ministro pode visitar “Nova Iorque do MA”
-
Rodrigo Pacheco era alvo de grupo de espionagem e extermínio que executou ‘lobista dos tribunais’
-
PGR quer condenação de ex-primeira-dama da Paraíba por participação nos atos de 8 de janeiro
-
Governo de MG pode ter que pagar aluguel se União aceitar imóveis
-
Zema quer entregar à União mais de 60 imóveis localizados em BH
Projeto que impõe voto impresso e prevê recontagem física avança para o plenário da Câmara
Comissão de Constituição e Justiça aprovou a proposta em sessão nesta quarta-feira (11); iniciativa liderada por deputados da direita vai na contramão do STF
BRASÍLIA - O Projeto de Lei (PL) que impõe a adoção do voto impresso através da recontagem física avançou, nesta quarta-feira (11), na Câmara dos Deputados com a aprovação na comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta recebeu a manifestação favorável de 31 deputados que compõem o colegiado, e outros vinte reagiram de forma contrária à aprovação. Agora ela irá à análise do plenário, ainda sem data para acontecer.
A retomada de um regime eleitoral com voto impresso é um desejo antigo dos partidos alinhados à direita, que compõem a oposição na Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei tramita há 9 anos, mas não encontrou forças para avançar. Agora, a proposta ganhou fôlego porque a oposição é maioria na comissão.
A solicitação do grupo vai na contramão de um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 2014, derrubou a possibilidade de impressão do voto nas eleições — que surgiu em meio à reforma eleitoral do Congresso Nacional cinco anos antes.
À ocasião, ministros do STF argumentaram que a mudança provocaria grave impacto financeiro e impactaria o direito ao voto secreto. Outro argumento é que o sistema eletrônico é confiável e dispensaria a impressão como método necessário para fiscalização.
Sete anos depois, em 2021, o tema retornou ao plenário da Câmara dos Deputados por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tornaria obrigatório o voto impresso. Os parlamentares, entretanto, derrubaram a PEC em votação e decidiram pelo arquivamento dela.
O que prevê o Projeto de Lei do voto impresso?
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou, nesta quarta-feira, o relatório substitutivo apresentado à Câmara pelo relator, deputado José Medeiros (PL-MT). Ele propõe que o eleitor continue a votar na urna eletrônica, mas prevê que, em seguida, haverá a impressão de um registro do voto, que seria guardado em uma urna lacrada.
Encerrado o período de votação, os registros impressos dos voos seriam conferidos na seção eleitoral, e os resultados comparados com o boletim que é emitido pela urna. Essas versões impressas ainda permaneceriam disponíveis por um ano para eventuais recontagens.