Após 16 anos de apresentação, projeto que declara Tancredo Neves como patrona da redemocratização brasileira foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira (26). Foram 375 votos favoráveis e 21 contrários.
Deputados disseram durante a votação que a homenagem a Tancredo Neves é válida, porque ele se empenhou com outros políticos, como Ulysses Guimarães, pela redemocratização do país. O Brasil viveu uma Ditadura Militar entre 1964 e 1985.
Tancredo Neves assumiria a Presidência da República em 1985, mas morreu antes de ocupar o cargo. O então vice-presidente, José Sarney, assumiu o comando do país.
A proposta foi apresentada em 2005 pela então deputada Fátima Bezerra (PT-RN), hoje governadora do Rio Grande do Norte.
"Declarar o presidente Tancredo de Almeida Neves patrono da redemocratização brasileira será uma medida de justiça em relação à relevância de sua trajetória política e promoverá a instituição de um símbolo para as futuras gerações de brasileiros, que certamente nele se inspirarão para a permanente luta pelo fortalecimento da democracia no país", citou em sua justificativa à época da apresentação da proposta.
Tancredo Neves ocupou diversos cargos políticos: Governador de Minas Gerais, senador, primeiro-ministro, ministro da Justiça, deputado federal e vereador.
"Sua ação política com certeza foi decisiva para a consolidação das instituições da democracia brasileira. Não é por outro motivo que leva seu nome o Panteão da Pátria e da Democracia, no qual se encontra o livro dos Heróis da Pátria", citou a autora da proposta.