BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a uma plateia de prefeitos, nesta terça-feira (11), que sentirão falta dele quando tiver que deixar o Palácio do Planalto. O petista brincou que, na ocisão, ouvirá um pedido dos gestores locais: “Lulinha, fica”.
Lula falou na Abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília, e citou o motivo de ter caminhado no palco durante seu discurso de cerca de 25 minutos.
“Eu andei para lá e para cá porque não tem nada pior para um prefeito que veio do interior, andou 3 mil km, chegou aqui cansado, veio em um ato em que está o presidente e o presidente ficou no meio parado. Eu resolvi andar para vocês verem como eu estou bonito, como estou forte e como esse país vai ser bem governado daqui para frente”, disse.
Ainda com o microfone na mão, o presidente afirmou que “não precisa ninguém falar” e que ele é “muito humilde”, mas frisou duvidar “que na história desse país teve um presidente que já cuidou dos prefeitos como eu cuidei em dois mandatos”.
E finalizou: “Eu vou repetir agora: quando terminar o meu mandato, vocês vão dizer ‘Lulinha, fica porque nós precisamos de um presidente que gosta de nós’. Lula tem considerado ser candidato à reeleição em 2026, mas ainda não confirmou sua decisão.
Lula falou, no evento, que prioriza uma relação “altamente civilizada” com prefeitos e governadores e que não privilegia seus aliados políticos. Como exemplo, ele citou o PAC Seleções, que financia obras essenciais à saúde, educação, mobilidade, qualidade de vida e o a direitos.
“[O PAC Seleções] é a primeira oportunidade democrática da gente não escolher ideologicamente a cidade que vai ser beneficiada, nem a cidade do partido da gente, mas escolher a cidade que melhor apresenta o projeto e mais tem necessidade de que o projeto seja executado”.
Segundo Lula, prefeitos do PT “ficam zangados” porque o programa injetou recursos em obras do "prefeito vizinho que não gosta do PT”. “Mas é assim que a gente vai exercer democracia e ensinar civilidade nesse país".
O presidente frisou que, em sua gestão, “em hipótese alguma” um banco público deixará de atender a projetos por questão ideológica. “E nós sabemos que no Brasil isso sempre aconteceu. Nós sabemos como a oposição era tratada nesse país”, destacou.