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Tentativa de militar de liberar joias para Bolsonaro foi flagrada em vídeo
Imagens divulgadas pela GloboNews mostram sargento tentando convencer auditor a liberar presentes dados pelo governo da Arábia Saudita

A tentativa por parte de um militar de retirar joias que estavam apreendidas pela Receita Federal em Guarulhos foi flagrada por câmeras de segurança do local. As imagens mostram a ação do sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, enviado em voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar as joias que seriam um presente da Arábia Saudita para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. No vídeo veiculado pela "GloboNews" e obtido pela jornalista Andrea Sadi, ele tenta convencer um servidor da Receita a liberar os objetos, apreendidos por não terem sido declarados na chegada ao país. Em situação normal, neste caso, para a liberação dos presentes que valem cerca de R$ 16,5 milhões, haveria a necessidade de pagar impostos e multas no valor de R$ 12 milhões.
"Isso aqui faz parte da agem, não pode ter nada do (governo) antigo para o próximo. Tem que tirar tudo, tem que levar, não pode", diz o sargento aos servidores da Receita, que se recusam a atender à ordem ser qualquer caráter formal.
O vídeo, gravado no dia 28 de dezembro do ano ado, dois dias antes de Bolsonaro deixar o país rumo aos Estados Unidos, mostra ainda que o sargento liga para uma pessoa que ele chama de "coronel" para falar diretamente com o auditor, que se recusa a pegar o celular, dizendo que não pode fazer isso.
Nesta quarta-feira (8), o ex-presidente confirmou que está com outra leva de joias, essas não interceptadas pela Receita. O conjunto de relógio, abotoaduras, caneta, anel e rosário tem valor estimado em R$ 400 mil e também foi presente do governo da Arábia Saudita.
O caso das joias para Michelle
Na última sexta-feira (3), o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que membros do governo do presidente Jair Bolsonaro tentou entrar no país m conjunto de joias (brincos, colares, um par de brincos e uma escultura de um cavalo) com valor estimado em R$ 16,5 milhões. As peças seriam um presente da ditadura da Arábia Saudita e, segundo o ex-ministro Bento Albuquerque, que estava na comitiva, seriam para Michelle Bolsonaro. O material estava na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, assessor de Bento Albuquerque. Ao ser parado epla Receita no aeroporto de Guarulhos, ele recorreu ao ministro, que fez a primeira tentativa de liberação das joias. Contudo, o funcionário da Receita afirmou que isso só seria possível com o pagamento de impostos e da multa por não declarar o bem.
Todos os ageiros que entrem no país com itens acima de US$ 1 mil precisam declará-lo, pagando um imposto de importação equivaslente a 50% do valor do bem. Além disso, quem não faz a declaração deve pagar uma multa de 50%. Com isso, o valor para liberar as peças seria de aproximadamente R$ 12 milhões
De acordo com a Receita, só seria possível livrar-se do pagamento da multa se houvesse declaração de que tratava-se de acervo público e não privado. De acordo com o órgão, não houve pedido de incorporação das joias aos bens da União por parte do governo. A Receita acionou o Ministério Público Federal (MPF) para apurar o caso. Além disso, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o episódio.
Tanto Michelle Bolsonaro quanto Jair Bolsonaro negam qualquer intenção de ficarem com os presentes. A ex-primeira-dama afirmou que nem sabia da existência das joias. Já o ex-presidente disse que está sendo crucificado por um presente que não pediu e não recebeu.
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