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Como a Kings League conquistou campeões mundiais e viralizou ao redor do mundo
Kaká e Schweinsteiger estão entre os presidentes das ligas da competição e falaram ao Lance! sobre a atuação no campeonato
A primeira edição da Kings League Brasil terminou com título da Furia FC, time de Neymar e Cris Guedes, e diante de um público de mais de 40 mil pessoas no Allianz Parque, em São Paulo. Mas o sucesso da liga não foi só em solo brasileiro, muito pelo contrário. O movimento visto aqui é uma repetição do que já foi visto em outros lugares todos, a ponto da liga ter tido força para atrair nomes gigantes do futebol tradicional para se juntarem à marca e ajudar a viralizar o campeonato. Afinal, o que conquistou campeões mundiais como Kaká e Schweinsteiger e outros nomes renomados do mundo da bola?
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O Lance! conversou com Kaká e Schweinsteiger, representantes das ligas do Brasil e da Alemanha, além do ex-meia Claudio Marchisio, à frente da liga italiana, e Miguel Layún, ex-lateral mexicano e que lidera a liga do continente americano. O quarteto representa os países que têm competições nacionais e que estarão na disputa da Copa do Mundo de Clubes começará em Paris, na França. A disputa internacional reunirá 32 equipes, sendo quatro delas brasileiras, entre 1º e 14 de junho.
A organização da Kings League reuniu os representantes em uma entrevista coletiva online global, que reuniu jornalistas de diversos países do mundo. Ao serem questionados pelos principais motivos que fizeram com que atletas renomados do esporte mais famoso do mundo aderissem à ideia de serem embaixadores de uma competição totalmente nova e desconhecida - criada por Piqué, outro campeão do mundo - há um fator em comum: a conexão com um público mais jovem e digital.
- Eu acho que a Kings League é um ecossistema complementar ao futebol tradicional e isso é muito interessante. Eu sou um apaixonado por futebol, então eu assisto, estudo, jogo, apoio, e faz parte da minha vida todo dia. Então eu acredito em promover o futebol de uma forma complementar e, para mim, é também para falar com uma nova geração. É uma forma dessa geração que não me assistiu, não sabe como eu joguei e do que tive de resultado dentro de campo, se encontrar comigo também. É uma forma que eu encontrei de me comunicar com essa nova geração, de uma forma diferente, mas através de um esporte que sou apaixonado - destacou Kaká, que foi anunciado como representante do Brasil no começo do ano, no lançamento da liga no país.
A conexão com o público mais jovem expõe a esses grandes atletas uma paixão "renovada" pelo esporte que se diferencia do futebol tradicional que vão desde as regras específicas e o dinamismo do jogo, mas também às figuras envolvidas com os jogos. O ex-lateral Miguel Layún ressalta a força de conexão com a base de fãs e que isso fez com ele se apaixonasse pela Kings League. O projeto foi apresentado a ele ainda quando atuava como atleta profissional, antes de sua aposentadoria em 2023.
- Foi incrível porque eu já assistia às partidas da King's League na Espanha. Era louco como tudo era bom, o formato, os eventos, tudo o que estavam fazendo naquele momento. E eu meio que me apaixonei. Quando éramos crianças, sonhávamos em ser jogadores porque realmente gostávamos de jogar e de assistir futebol. E em algum momento, acho que você pode perder esse ponto de vista durante sua carreira. Você começa a pensar só em vencer partidas, conquistar títulos, essas coisas. E esquece que está ali pelas pessoas. E isso é uma das coisas mais importantes para mim na King's League. Sempre pensando nos fãs, nas experiências que eles têm - afirmou o mexicano.
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Em sua opinião, a Kings League chega para ocupar um espaço que existe entre o futebol profissional e o futebol totalmente amador, como são algumas das competições de fut 7 e várzea vistas aqui no Brasil. Layún destaca que esse espaço ocupado é importante e uma das formas de ocupar foi através do entretenimento, com um produto diferente do que já se viu na modalidade.
- Agora estamos ocupando essa área cinzenta onde, como o Marquinhos disse, existem jogadores que talvez não consigam alcançar o sonho de se tornarem profissionais, mas agora têm outra oportunidade de se tornarem jogadores da King's League, ou da Queen’s League, no feminino. (...) Na minha opinião, futebol é entretenimento. Eu quero fazer parte disso. E é porque eu acredito no que estamos construindo e em como isso pode ser incrível no futuro. Para mim, isso é puro entretenimento — e é isso que as pessoas mais precisam agora - completou.

Kings League conquista jovens talentos
Os ex-jogadores com destaque global não são os únicos a se prenderem à ideia de desenvolver e viralizar a Kings League ao redor do mundo. Jovens talentos também têm entrado nesse mercado e são importantes por ocuparem um espaço que está ligado diretamente com o objetivo da competição: ter um público jovem forte e que tenha conexão com o futebol de alguma forma.
Lamine Yamal, por exemplo, é considerado, hoje, o atleta da modalidade mais promissor em todo o planeta, já sendo campeão da Eurocopa, bicampeão espanhol e semifinalista de Liga dos Campeões com apenas 17 anos. Entretanto, é um fã da Kings League estará na Copa do Mundo de Clubes com o seu time.
- Ele é o primeiro jogador que antes já era fã da Kings e agora tem um time. Ele era um fã quando começamos a nos falar e ele me disse na hora que queria um time, que queria fazer parte. A Kings League começou quando Yamal tinha 14 anos e agora com 17 vejo o crescimento da competição nesse tempo - explicou Gerard Pique durante a coletiva online.
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O ex-zagueiro espanhol revelou bastidores da conversa com Yamal e disse "não precisou convencer" o jogador de sua decisão. Ao contrário dos ex-jogadores, onde foi preciso apresentar o projeto e convencer aos investimentos, o atacante do Barcelona precisou de poucos minutos para aceitar o cargo de presidente de um clube.
- Com os outros ex-jogadores, levei uns 20 ou 30 minutos para explicar e eles toparem, mas com ele foi na hora. É algo que ele faz por diversão, terá agora seu time baseado na região de Rocafonda, na Catalunha. Será a primeira vez que jogará Kings League - completou o criador da liga.
Marchisio, hepta campeão italiano com a Juventus, afirmou que tem visto nomes jovens das categorias de base da própria Juve interessados na liga e de outros clubes com categorias de base.
- Tivemos uma ótima sensação com a Kings League. Não foi fácil, considerando os muitos eventos que aconteceram no último ano. Mas a resposta do público foi incrível, e foi uma situação maravilhosa de compartilhamento entre diferentes gerações. Eu também estou trabalhando com jovens talentos na Juventus e em outros clubes que realmente acompanham a Kings League de perto. E foi apenas o primeiro ano - disse o italiano.