A belo-horizontina e atleta olímpica de taekwondo Ana Carolina Moura, de 29 anos, não iria competir neste sábado (7), mas fez questão de comparecer ao Meeting Paralímpico, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (B), para apoiar e torcer por amigos de outras categorias. A etapa de Belo Horizonte aconteceu no Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG e reuniu 483 atletas inscritos em quatro modalidades.
Medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, na categoria até 65 kg, Ana Carolina conta que a violência urbana foi a motivação para a entrada no esporte.Com má-formação congênita do antebraço direito, o esporte foi uma ferramenta de autodefesa. Ela foi assaltada na Avenida Afonso Pena, no Centro de BH, e perdeu um colar que sua tia deu para todas as sobrinhas quando nasceram.
"Foi aí que, em 2019, comecei a competir e não parei mais. Tranquei minha faculdade de Relações Públicas e investi tudo no esporte. Não tinha plano B", relembra.
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A jovem também conta que mal desceu do pódio em Paris e já começou a pensar nas Olimpíadas de Los Angeles, em 2028. Competitiva, ela busca provar que ter ganhado ouro em sua primeira Olimpíada "não foi sorte de principiante".
"Tenho me preparado intensamente, de 7 a 8 horas por dia, incluindo fisioterapia, pilates, treino físico e treino tático. É muito trabalho, por isso é tão importante apoiar os atletas sempre que possível", reforça.