O Athletico congelou o acordo de naming rights que tem com a Ligga Telecom para o estádio rubro-negro. A empresa de energia tem uma dívida de cerca de R$ 50 milhões com o Furacão.
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A Ligga e o Athletico chegaram a se reunir para tentar uma solução, mas o caso deve se alastrar para a Justiça. Em julho de 2023, a empresa e o clube am um contrato de 15 anos, no valor de R$ 200 milhões - R$ 13,3 milhões por temporada, o sexto maior do Brasil.
Sem acordo, a diretoria atleticana deixou de mencionar a marca como nome da praça esportiva. Nos últimos dias, o Athletico voltou a adotar a tradicional "Arena da Baixada" ou o apelido de "Caldeirão "nas redes sociais e no site oficial do clube. O nome oficial do local ou de Joaquim Américo para Mario Celso Petraglia no ano ado.
No estádio, a marca também está presente na fachada e na estrutura interna, com banners e placas. O clube deve retirá-los antes do jogo de domingo (8), diante do Atlético-GO, pela Série B.
- A Ligga Telecom foi surpreendida com a decisão do Athletico, visto que negociações estão em curso. Ressaltamos que o diálogo entre as partes tem o objetivo de revisar os termos do contrato vigente, com foco na construção de uma solução que atenda aos interesses mútuos. O contrato firmado prevê cláusulas de confidencialidade que impedem a divulgação de informações sobre as negociações em andamento - afirmou a empresa, em nota.
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Problema para os cofres do Athletico
O acordo de naming rights do Athletico com a Ligga Telecom foi colocado como garantia para o pagamento da dívida da Arena. Orçada em R$ 184,6 milhões, a reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014 foi finalizada ao custo de R$ 590 milhões, sem a cobrança de multas e juros moratórios. Se tivesse, a quantia subiria para R$ 1,2 bilhão.
No contrato tripartite, Estado e Município pagarão R$ 75 milhões cada. O governo já cumpriu sua parte no ano ado, enquanto a prefeitura ainda não fez o depósito de R$ 40 milhões (descontado por outra dívida do clube). Já o Athletico ficou com R$ 190 milhões para pagar em 15 anos, tendo feito R$ 50 milhões à vista em 2023 e outra parcela de R$ 67 milhões no ano ado.
A outra garantia de pagamento colocado pelo Athletico são as mensalidades de sócio-torcedor. Em 2024, de acordo com o balanço financeiro, o clube arrecadou R$ 59,3 milhões na modalidade.
Valores de naming rights dos estádios no Brasil
- Mercado Livre Arena Pacaembu: R$ 1 bilhão por 30 anos - R$ 33,3 milhões por ano
- Morumbis (São Paulo): R$ 75 milhões - R$ 25 milhões por ano
- Vila Viva Sorte (Santos): R$ 150 milhões por 10 anos - R$ 15 milhões por ano
- Allianz Parque (Palmeiras): R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
- Neo Química Arena (Corinthians): R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
- Ligga Arena (Athletico): R$ 200 milhões por 15 anos - R$ 13,3 milhões por ano
- Casa de Apostas Arena Fonte Nova: R$ 52 milhões por 4 anos - R$ 13 milhões por ano
- Arena MRV (Atlético MG): R$ 71,8 milhões por 10 anos
- Arena BRB Mané Garrincha: R$ 7,5 milhões por 3 anos - R$ 2,5 milhões por ano
- Casa de Apostas Arena das Dunas: R$ 6 milhões por 5 anos - R$ 1,2 milhão por ano
- Arena Nicnet (Botafogo-SP): R$ 6 milhões por 5 anos - R$ 1,2 milhão por ano
Próximos jogos do Athletico na Arena
- Athletico x Atlético-GO: domingo (8), às 18h, Arena da Baixada
- Athletico x Remo: sábado (14), às 18h30, Arena da Baixada
- Avaí x Athletico: sábado (21), às 16h, Ressacada
- Athletico x Coritiba: sábado (28), às 18h30, Arena da Baixada