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Jogador do Talleres acusa Bobadilla, do São Paulo, de xenofobia na Libertadores
Navarro, do Talleres, chegou a chorar em campo
O zagueiro venezuelano Miguel Navarro, do Talleres, acusou o volante paraguaio Damián Bobadilla, do São Paulo, de xenofobia e discriminação durante a partida entre as duas equipes, realizada na noite desta terça-feira, 27 de maio, no estádio do MorumBis. O jogo, válido pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, terminou com vitória do São Paulo por 2 a 1, mas foi marcado por um momento tenso após o segundo gol da equipe paulista.
— Gostaria de poder ter em minhas mãos a solução para a fome que vive o meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Não acredito que se possa fazer muito contra a pobreza mental. Nunca me envergonharei das minhas raízes. Irei até às últimas consequências diante do ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil pelas mãos de Damián Bobadilla. No futebol, não há espaço para discursos de ódio — escreveu Navarro, em sua conta no Instagram.
Logo após o gol marcado por Luciano, Navarro confrontou Bobadilla e o acusou de ter feito uma ofensa verbal, supostamente relacionada à sua nacionalidade. O clima esquentou, gerando uma confusão generalizada em campo e a interrupção da partida por cerca de oito minutos. Abalado, Navarro caiu no choro e chegou a ameaçar deixar o gramado. Apesar da gravidade da situação, o árbitro chileno Piero Maza não acionou o protocolo da Fifa para casos de racismo e discriminação. O jogador do Talleres acabou sendo convencido a permanecer em campo até o fim do jogo, mas saiu chorando novamente após o apito final.
Luciano decide, e São Paulo vence o Talleres pela Libertadores
Após a partida, Navarro evitou dar detalhes sobre o que foi dito, mas deixou claro seu desconforto.
— Não quero falar, quero ir para casa. Ele [Bobadilla] sabe o que disse — afirmou, visivelmente abalado. A delegação do Talleres, incluindo jogadores e o técnico da equipe, reiterou a acusação contra o atleta do São Paulo, reforçando que os insultos foram discriminatórios e direcionados à origem venezuelana do zagueiro. Navarro foi ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), montado no próprio estádio, para prestar depoimento ainda na noite de terça-feira. Bobadilla deixou o estádio sem falar com a imprensa ou prestar esclarecimentos à polícia.
