A Seleção Brasileira entra em campo nesta terça-feira (10), buscando garantir a vaga na Copa do Mundo de 2026. E a oportunidade chega após um ciclo conturbado, com direito a três técnicos e duas trocas na presidência da CBF. A contratação de Carlo Ancelotti apaziguou os ânimos dentro do vestiário. Fora de campo, a troca que levou Samir Xaud ao cargo de presidente tranquilizou o ambiente, bastante tenso na gestão anterior.
‘Ancelotti impõe autoridade sem ser autoritário’, elogia Rodrigo Caetano
Poucos dias após ser anunciado, Ancelotti viu Ednaldo Rodrigues, o presidente responsável por sua contratação, ser retirado do cargo pela Justiça. O interventor Fernando Sarney fez contato com o italiano por duas vezes para tranquilizar Ancelotti e falar que a CBF honraria o contrato.
O italiano sentiu segurança e desembarcou no Brasil e mergulhou na cultura do país, assistindo jogos, fazendo eios e mudando o rumo da Seleção Brasileira. Internamente, a avaliação é que Ancelotti não chegou para impor uma revolução, mas para ajustar rotas com base em sua larga experiência. Onde todos acreditam que o hexa pode vir nos Estados Unidos no próximo ano.
O fato de Ancelotti ser um dos treinadores mais vitoriosos da história serviu para dar um novo ânimo aos jogadores.
— O Ancelotti traz muita coisa, tem muita contribuição, se nota só pela presença dele. É um treinador que tem muita história no futebol, carrega isso com ele para onde quer que vá, aqui na seleção não é diferente. Mas temos os pés no chão, a expectativa é mais da parte do torcedor, pois se vê potencial, se vê jogadores desempenhando bem nos clubes, conquistando títulos. E se tem a expectativa de que isso aconteça aqui também, mas sabemos a dificuldade que é. Esperamos que o Ancelotti possa nos trazer isso, trazer tranquilidade para que a gente possa trabalhar — afirmou Alisson.
A mudança também aconteceu na cúpula da seleção. Se a antiga gestão era marcada por ser centralizadora e excessivamente controladora, precisando conferir tudo antes de aprovar qualquer mudança, agora a autonomia é celebrada. Xaud deu à diretoria de seleções autonomia para decidir o que é melhor para a equipe, desde questões logísticas até compra de materiais e decisões sobre locais de treinos e jogos.
— Gosto de falar do ambiente dentro do vestiário, é um ambiente muito motivado, sério e profissional. Os jogadores têm um bom ambiente e uma conexão muito boa com a comissão técnica e com todos que trabalham aqui, há um ambiente muito familiar. Não digo que fico tranquilo, porque nesse mundo nunca podemos estar tranquilos, mas creio que temos recursos para fazer as coisas bem nesse ano. É um ambiente novo para mim que tem tudo o que se necessita para se ter êxito — afirmou Ancelotti.
Com 22 pontos, o Brasil está na quarta posição das Eliminatórias. Para sair de São Paulo com a classificação para a Copa, porém, não basta apenas vencer o Paraguai. O Brasil ainda precisa que o Uruguai vença a Venezuela.
O Paraguai ocupa a terceira colocação com 24 pontos. Sob o comando do técnico argentino Gustavo Alfaro, a equipe vem de uma vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai.
