Carlo Ancelotti vai estrear à frente da Seleção Brasileira na próxima quinta-feira (5), contra o Equador, fora de casa. E já logo na primeira partida, terá de tomar uma decisão importante para a parte final do ciclo rumo à Copa do Mundo de 2026: quem será o capitão da Seleção?
Dois nomes despontam como favoritos absolutos para a função: Marquinhos e Casemiro. Atual capitão da Seleção Brasileira e referência no Paris Saint-Germain, onde levantou recentemente a taça da Liga dos Campeões usando a faixa de capitão, Marquinhos reúne currículo e prestígio. Campeão da Copa América e dos Jogos Olímpicos com a Seleção, o zagueiro carrega uma trajetória sólida na equipe nacional, é querido no grupo e é quem usa atualmente a braçadeira.
Por outro lado, Casemiro tem o trunfo do relacionamento direto com Ancelotti. Os dois se conhecem desde 2013/14, quando o volante dava seus primeiros os no Real Madrid e Ancelotti iniciava sua primeira agem pelo clube merengue. Apesar de Casemiro ainda não ter sido titular naquela época, o técnico já enxergava nele características importantes.
Ancelotti encanta em sua 1ª semana no Brasil com carisma, simpatia e aulas de português
A conexão se fortaleceu anos depois, no reencontro durante a temporada 2021/22. Ali, sob o comando de Ancelotti, Casemiro viveu seu auge na Europa, vencendo Campeonato Espanhol, Supercopa e Champions League. E mais do que apenas jogar, foi peça de confiança do técnico em momentos cruciais.
O episódio que mais chama atenção aconteceu antes do duelo decisivo contra o Manchester City, pela semifinal da Champions de 2022. Mesmo lesionado, Casemiro atendeu a um pedido direto de Ancelotti para acompanhar o grupo na viagem — não para jogar, mas para ser a presença de liderança e experiência que o elenco, então muito jovem, precisava naquele momento. O gesto ficou marcado como uma prova da relação de confiança entre os dois.
Ancelotti não queria que Casemiro deixasse o Real Madrid rumo ao Manchester United, o que aconteceu pouco depois. Mesmo após a saída, os dois mantiveram contato. Quando Ancelotti começou a negociar com a CBF para assumir a Seleção, as conversas se tornaram mais frequentes, porque o italiano queria entender o cenário para poder fazer sua escolha entre aceitar ou não o cargo para comandar o Brasil. A tendência, porém, é que Marquinhos mantenha a faixa de capitão.
