A seleção brasileira feminina de vôlei estreia na Liga das Nações (VNL) 2025 nesta quarta-feira (4 de junho), às 17h30, contra a República Tcheca, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O confronto marca o início do novo ciclo olímpico rumo aos Jogos de Los Angeles 2028, e será transmitido ao vivo pelo SporTV 2.

Para a primeira competição após os Jogos Olímpicos de Paris, o técnico José Roberto Guimarães apostou em uma equipe mesclada, que une experiência e renovação. Sem Gabi Guimarães nesta etapa inicial, a levantadora Macris assume a braçadeira de capitã. A ausência de Gabi foi definida pela comissão técnica como parte de um planejamento de descanso, após uma temporada intensa, com elevado número de jogos e competições. A ponteira se juntará ao grupo na segunda semana da VNL, em junho, na Turquia. 

“É o começo de um ciclo. A Gabi teve uma temporada muito intensa e vai descansar. É uma oportunidade para vermos novas jogadoras em ação. Treinamos por um mês e estamos prontos para competir com todas as seleções”, afirmou Zé Roberto em entrevista coletiva.

Além da experiente levantadora, Zé Roberto aposta na experiência de outras cinco atletas que fizeram parte do grupo na conquista do bronze nas Olimpíadas de Paris: Roberta, Tainara, Ana Cristina, Julia Bergmann e Diana. Já os líberos Laís e Kika são as principais novidades no elenco verde-amarelo, e assumem a responsabilidade na linha de e. 

“São jovens com poucos anos de experiência, mas têm talento de sobra. O grupo vai apoiá-las nesse novo processo. Estou animado para vê-las jogando”, completou o treinador brasileiro.

Apesar de manter presença constante entre os melhores do mundo, o Brasil encerrou o último ciclo sem títulos expressivos. Na Liga das Nações 2024, terminou a primeira fase na liderança, mas foi eliminado nas semifinais pelo Japão e ficou fora do pódio ao perder a disputa do bronze para a Polônia. Em Paris, conquistou a medalha de bronze, resultado considerado abaixo das expectativas.

Diante desse histórico recente, a pressão por resultados é maior nesta nova caminhada. E a estreia em casa, diante da torcida carioca, reforça o peso do momento.

“Sempre há pressão no Brasil, mas é um privilégio jogar diante da nossa torcida. Nosso foco neste novo ciclo é o crescimento diário do grupo. Queremos seguir colocando o Brasil no pódio”, disse Zé Roberto.

Outros adversários do Brasil na primeira etapa da VNL

Após enfrentar a República Tcheca, a seleção volta à quadra na quinta-feira (6), contra os Estados Unidos. Em seguida, encara a Alemanha, no sábado (8), e fecha a primeira semana diante da Itália, no domingo (9), também no Maracanãzinho.

Campeã das três primeiras edições da VNL (2018, 2019 e 2021), a seleção dos Estados Unidos tenta voltar ao pódio após três temporadas fora da zona de medalhas. Terceira colocada no ranking mundial, a equipe a por uma fase de renovação com a chegada do técnico Erik Sullivan e a saída de nomes históricos da geração olímpica.

Para a etapa no Brasil, as norte-americanas contam com apenas quatro atletas com experiência na VNL 2025. Entre elas está a ponteira Roni Jones-Perry, ex-SESC RJ Flamengo.

Já a Alemanha ainda busca sua primeira medalha na competição. O oitavo lugar em 2023 foi o melhor resultado da equipe em seis participações. Em 2025, a seleção alemã inicia uma nova fase sob comando do técnico italiano Giulio Bregoli, ex-treinador da Suécia. O elenco conta jogadoras jovens, mas também conta com veteranas como a levantadora Pia Kästner, as ponteiras Lena Stigrot e Lina Alsmeier e a líbero Anna Pogany.

Por fim, a atual campeã olímpica e líder do ranking da FIVB, a Itália é uma das favoritas ao título da VNL 2025. A equipe venceu a competição duas vezes (em 2022 e 2024), mantém a base da geração campeã em Paris-2024, incluindo a oposta Paola Egonu, a levantadora Alessia Orro, a central Anna Danesi e a líbero Monica De Gennaro.

Novo formato e grupos da VNL

A edição de 2025 marca uma mudança no formato da Liga das Nações. Agora, 18 seleções participam do torneio, duas a mais que nas temporadas anteriores. A cada semana da fase classificatória, as seleções serão divididas em três grupos de seis times. Ao final das três semanas, as sete melhores campanhas se classificam para as finais, ao lado da Polônia, país-sede da fase decisiva, que será disputada de 23 a 27 de julho, em Lódz.

  • Além da etapa no Rio de Janeiro, os outros grupos da primeira semana jogam nas seguintes sedes:
  • Ottawa, Canadá: Bulgária, Canadá, Holanda, Japão, República Dominicana e Sérvia
  • Pequim, China: Bélgica, China, França, Polônia, Tailândia e Turquia

Depois da etapa no Brasil, o time verde-amarelo comandado por Zé Roberto segue para as próximas fases da Liga das Nações, com compromissos em Istambul (Turquia), Kanto (Japão) e Lódz (Polônia), antes da fase final disputadas de 23 a 27 de julho.

Confira as datas e horários dos jogos do vôlei do Brasil na VNL 2025:

  • 4 de junho - Brasil x Tchéquia - 17h30 - Rio de Janeiro
  • 5 de junho - Brasil x Estados Unidos - 21h - Rio de Janeiro
  • 7 de junho - Brasil x Alemanha - 10h - Rio de Janeiro
  • 8 de junho - Brasil x Itália - 10h - Rio de Janeiro
  • 18 de junho - Brasil x Bélgica - 10h - Istambul, Turquia
  • 20 de junho - Brasil x Canadá - 13:30 - Istambul, Turquia
  • 21 de junho - Brasil x República Dominicana - 10h - Istambul, Turquia
  • 22 de junho - Brasil x Turquia - 13:30 - Istambul, Turquia
  • 10 de julho - Brasil x Bulgária - 00:30 - Kanto, Japão
  • 11 de julho - Brasil x França - 4h - Kanto, Japão
  • 12 de julho - Brasil x Polônia - 7:30 - Kanto, Japão
  • 14 de julho - Brasil x Japão - 6:45 - Kanto, Japão