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Polícia Civil indicia por homicídio doloso motorista que atropelou mãe e filho no dia das mães
Os dois morreram no acidente; Motorista não tinha habilitação
O motorista que atropelou e matou mãe e filho, de 40 e 9 anos, respectivamente, no último dia das mães (11 de maio), foi indiciado por homicídio doloso (quando se assume o risco de matar) e por direção sem habilitação. O caso foi em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Se for condenado, o homem, de 51 anos, pode receber pena mínima de 13 anos. Ele está preso preventivamente e o caso foi encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais. A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta quinta-feira (22) os detalhes sobre o indiciamento à imprensa.
"As investigações chegaram a elementos que indiciam o investigado ao dolo eventual. Além de ser inabilitado, e assim não ter capacidade técnica para evitar o resultado, ele ainda estava a 97 km/h, segundo a apuração da perícia, na via onde é indicado a velocidade de 40 km/h”, disse o delegado responsável pelas investigações, Fábio Lucas Gabrich Cruz e Silva.
Outro elemento que corroborou para o indiciamento foi uma análise do manual do veículo, um Fiat Uno, que indica que a velocidade atingida (97km) estabelece que o condutor estava em marcha superior a quarta ou que o veículo estava desengatado, o que é ilícito, segundo o código de transito.
“Também foi mensurado no local que ele tinha possibilidade de evitar o resultado, como uma calçada extensa com barricadas, e, ao final da via, um lote vago, onde ele poderia ter direcionado o veículo para não atropelar transeuntes, como o ocorrido”, completou o delegado.
As vítimas foram identificadas como Lucilene Rodrigues Carneiro Neves, de 40 anos, e o filho, Luan Henrique Rodrigues Neves, de 9. Eles foram atingidos pelo carro, que capotou e saiu da pista, enquanto caminhavam pela calçada.
Teste toxicológicos vão indicar se houve consumo de medicamento
No dia do acidente, o motorista foi submetido a um teste etilômetro, que negou presença de álcool no sangue, contudo, ele afirmou que na manhã daquele dia, teria posto o dedo em copo com whisky e depois posto na boca. Ele também contou que na noite anterior tomou um medicamento para dormir, e que teria acordado cedo na manhã seguinte para trabalhar, entre 5h e 14h, e quando assumiu a direção, estava cansado demais e teria cochilado ao volante.
“Ele contou que cochilou e ao acordar, não teria conseguido frear, nem acionar o freio de mão, mas, uma testemunha disse que o veículo estava em altíssima velocidade e após o capotamento, ele disse que precisava sair dali pois era inabilitado. Contudo, após saber das vítimas, permaneceu no local e se desesperou com o acidente”, disse o delegado.
Ele foi indiciado duas vezes por homicídio doloso, que tem pena de seis a 20 anos, e por direção sem habilitação, com pena de seis meses a um ano.