MARTELO VITUAL II

Polícia de MG mira 24 suspeitos de aplicar golpe do falso leilão no Brasil

Operação, que é deflagrada em 12 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, é desdobramento de outra, promovida pela Polícia Civil mineira em abril

Por José Vítor Camilo
Atualizado em 27 de maio de 2025 | 11:24

A Polícia Civil de Minas Gerais cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em outros três estados brasileiros, nesta terça-feira (27 de maio), durante a segunda fase da operação Martelo Virtual, deflagrada em abril deste ano, no Triângulo Mineiro e que tem como alvo uma organização criminosa investigada por fraudes eletrônicas — por meio de golpes de falsos leilões — e por lavagem de dinheiro. 

Segundo a instituição, as ações acontecem em 12 cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, com o cumprimento de 24 mandados de prisão e 57 de busca e apreensão, além do cumprimento de ordens de sequestro de bens e valores. 

O delegado Felipe Columbari, chefe do Departamento de Polícia Civil em Uberaba explica que a operação conta com o apoio das polícias dos estados vizinhos. "Essa é uma segunda fase da operação denominada Martelo Virtual, onde a polícia civil acredita que uma grande organização criminosa que vem atuando no Brasil como um todo está sendo desmantelada nesta data", afirmou. 

De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa fez vítimas em pelo menos oito estados do Brasil. 

Primeira fase

No dia 30 de abril deste ano foi deflagrada a primeira fase da operação Martelo Virtual, com cumprimento de mandados de busca e apreensão nas cidades de Frutal e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e em Curitiba e Rolândia, no Paraná.

Na ocasião, a Polícia Civil informou que a organização criminosa teria movimentado mais de R$ 1 milhão em um único mês. "Eles criavam sites e as vítimas acreditavam que estavam arrematando veículos. Depois iniciavam uma conversa via WhatsApp, e a vítima depositava dinheiro em grandes valores", detalhou o delegado João Carlos Garcia Pietro Júnior na época.

Ainda segundo o policial, muitos dos suspeitos que recebiam os valores do golpe estavam cientes do esquema criminoso. Conforme Júnior, uma das investigadas confessou ter sido recrutada para receber os valores. "Esses sites de leilões simulam ser verdadeiros. Os golpistas, muitas vezes, impulsionam esses sites golpistas no Google", acrescentou.