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'Fui convidada a me retirar', diz publicitária que denuncia ter sido vítima de racismo em cafeteria
O caso ocorreu na tarde desta terça-feira (27 de maio); estabelecimento justificou ter abordado a cliente com objetivo de acomodar um grupo maior de pessoas
Uma publicitária denuncia ter sido vítima de racismo na cafeteria Fofo de Belas, localizada no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Nayara Cristina Machado, de 29 anos, relatou que foi "convidada a se retirar do local" pela gerente enquanto consumia produtos e participava de uma reunião de trabalho online no estabelecimento. O caso ocorreu na tarde desta terça-feira (27 de maio). Um boletim de ocorrência foi registrado.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, a publicitária relatou que chegou ao local às 14h e permaneceu até às 18h. Ainda segundo Nayara, a gerente da cafeteria questionou se ela continuaria na mesa por muito tempo e a convidou a sentar-se em um local no fundo do estabelecimento. "Eu estava em uma reunião de trabalho quando ela me abordou. Ao final da reunião, o pessoal que estava na mesa ao lado me perguntou se a gerente havia limitado meu tempo de permanência ali. Eles se assustaram e foram solidários comigo", disse.
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Conforme Nayara, a gerente pediu que ela se dirigisse a outro espaço da cafeteria, alegando que precisaria da mesa para outros clientes. "A gerente disse que precisava juntar a mesa para os clientes que estavam ao lado, mas eles me disseram que não tinham solicitado outra mesa e que a justificativa não fazia sentido", contou. A publicitária afirmou ainda que foi ofendida pela representante do estabelecimento. "Ela disse que eu a estava ofendendo e começou a me tratar como se estivesse me fazendo um favor ao permitir minha presença na cafeteria", acrescentou.
Veja vídeo:
Uma publicitária denuncia ter sido vítima de racismo na cafeteria Fofo de Belas, no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Nayara Cristina Machado, de 29 anos, relatou que foi "convidada a se retirar do local" pela gerente enquanto consumia produtos e participava… pic.twitter.com/Kb4w5OmVB3
— O Tempo (@otempo) May 28, 2025
Segundo Nayara, o local também não possuía placas indicando o tempo máximo de permanência dos clientes. "Não havia nenhum aviso ou placa, e nenhum garçom ou funcionário veio me informar que havia um tempo específico para permanecer ali. Se fosse um homem de colarinho branco fazendo o mesmo que eu, duvido que teria sido tratado da mesma forma. Fui olhada com cara de nojo", desabafou a publicitária.
Por meio de nota, a cafeteria Fofo de Belas justificou que a gerente abordou a cliente com o objetivo de acomodar um grupo maior de pessoas. "Em nenhum momento houve qualquer intenção de excluir, esconder ou desrespeitar a cliente. Naquele horário, a casa começava a receber um grande volume de visitantes, sendo que a cliente permaneceu por algumas horas no lugar que ela mesma escolheu, sem qualquer interferência por parte da nossa equipe", informou.
O estabelecimento lamentou o ocorrido e afirmou que está tentando entrar em contato com a cliente para realizar um pedido de desculpas. "Reforçamos ainda nosso compromisso contínuo com a construção de um ambiente acolhedor, onde todos se sintam respeitados, seguros e confortáveis", acrescentou. Procurada pela reportagem de O Tempo, a Polícia Civil de Minas Gerais ainda não se manifestou sobre a abertura de investigação. A matéria será atualizada assim que houver posicionamento oficial.
Veja a nota da Fofo Belas