REGIÃO CENTRAL

MG: família causa prejuízo de R$ 52 milhões com mineração ilegal

PF denunciou três pessoas do mesmo núcleo familiar e, nesta sexta-feira (30), prendeu uma delas; mandados foram cumpridos em Catas Altas e Santa Bárbara

Por José Vítor Camilo
Publicado em 30 de maio de 2025 | 11:01

A Polícia Federal (PF) prendeu uma pessoa, na manhã desta sexta-feira (30 de maio), durante uma operação realizada nas cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, ambas na região Central de Minas Gerais, contra um esquema de extração ilegal de minério de ferro. Três pessoas da mesma família foram denunciadas à Justiça por crimes ambientais e usurpação de bens da União. 

Durante a ação, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão, todos expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que formalizou a denúncia contra as três pessoas da família. 

"Elas são acusadas de praticar, de forma reiterada, crimes ambientais e extração ilegal de minério de ferro em propriedade particular pertencente ao patriarca da família, sem qualquer autorização legal. Também foi constatada a supressão de vegetação nativa na área", detalhou a PF. 

O homem que foi preso durante a operação foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira, em Belo Horizonte, onde ficará à disposição da Justiça Federal. 

Se somadas, as penas dos crimes cometidos pela família podem chegar a 6 anos de prisão para cada um dos três denunciados pelo MPF.

Atividade ilegal era "principal fonte de renda" da família

Ainda segundo a corporação, a investigação revelou que o esquema de mineração ilegal era realizado "de maneira habitual e profissional", sendo, inclusive, a principal fonte de renda da família há anos. Um laudo pericial apontou para um prejuízo ambiental e ao patrimônio da União de cerca de R$ 52 milhões somente nos últimos anos. 

"A Polícia Militar Ambiental realizou diversas fiscalizações na propriedade, aplicando autuações istrativas e determinando, por diversas vezes, a paralisação das atividades ilegais, que, contudo, nunca foram efetivamente interrompidas. Diante da continuidade das infrações, foram solicitadas as medidas de busca e prisão ao Judiciário", completou a PF.