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'Vale Tudo': Confira o que muda no remake da novela
Escrita por Manuela Dias, história retorna ao ar atualizada
Após 37 anos da primeira exibição, "Vale Tudo" retorna à TV em nova versão. Coube a Manuela Dias a missão de reescrever a história escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres.
Assim como em 1988, a "Vale Tudo" de 2025 também gira em torno da relação de Raquel e Maria de Fátima, mãe e filha, vividas na primeira versão por Regina Duarte e Gloria Pires - agora, quem interpreta as personagens são Taís Araujo e Bella Campos.
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Segundo a autora, o remake, que estreou na Globo no dia 31 de março, mantém a essência da versão original, partindo da premissa "vale a pena ser honesto no Brasil?", mas com atualizações importantes. Confira algumas mudanças na trama.
Dias atuais e universo digital
Para refazer "Vale Tudo", Manuela Dias trouxe a trama para os dias atuais, acompanhando as ferramentas e tecnologias hoje disponíveis, como o celular.
Na primeira versão, por exemplo, quando Raquel descobre que Maria de Fátima vendeu a casa em que moravam em Foz do Iguaçu e foi embora para o Rio de Janeiro com todo o dinheiro, a guia turística não sabia o que fazer. No remake de 2025, Raquel pega o celular e tenta falar com a filha, que deixou o telefone em casa.
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Em 1988, Maria de Fátima sonhava em se tornar modelo. Agora, a personagem vislumbra a carreira de influenciadora digital e ficar rica a qualquer custo.
Se na primeira versão a Tomorrow era uma revista de moda, em 2025 ela se torna uma agência de conteúdo digital. Se em 1988 Solange Duprat (Lídia Brondi) era uma jornalista da revista, agora a personagem defendida por Alice Wegmann é a diretora de criação da agência.
Odete Roitman vai morrer no remake?
Considerada a grande vilã de "Vale Tudo", Odete Roitman (Beatriz Segall) foi assassinada por Leila (Cássia Kis) na versão de 1988. Segundo a autora Manuela Dias, a vilã, agora interpretada por Debora Bloch, também será assassinada, mas não pela mesma pessoa. Questionada se sabe quem vai matar Odete Roitman na nova versão de “Vale Tudo”, Manuela responde: “Milhões farão essa pergunta, mas eu não falarei nada. Mas eu, Manuela Dias, vou matar Odete Roitman”.
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Cecília ganha destaque e não vai morrer
Na primeira versão de "Vale Tudo", Cecília (Lala Deheinzelin) e Laís (Cristina Prochaska) formavam um casal, mas, por conta da censura e também do conservadorismo da época, eram apresentadas como amigas. Na história original, Cecília morre e há um debate sobre quem ficaria com a herança dela - o irmão da personagem, Marco Aurélio (Reginaldo Faria), entra na briga para não deixar nada para a cunhada.
Agora, em 2025, Cecília é interpretada pela atriz Maeve Jinkings. Ela é advogada ambientalista que defende causas ecológicas, como o tráfico de animais e terras de reservas, e não vai morrer. Segundo Manuela Dias, a personagem não vai morrer no remake.
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Representatividade
A versão de1988 de "Vale Tudo" tinha apenas dois atores negros no elenco. A nova versão tem, ao menos, 15 atores negros, incluindo Taís Araujo e Bella Campos, dois dos destaques do remake.
“Para mim, a questão da representatividade é central não só em ‘Vale Tudo’. É função da dramaturgia servir de ferramenta de transformação social; isso é uma questão central na contação de história. A gente conta história pra se divertir, mas a gente conta história para estruturar essa teia de valores que sustenta a nossa sociedade”, explica Manuela Dias.
“De 1988 pra cá a gente ou por um processo de letramento com relação a coisas que são estruturais e estruturantes, como o machismo, o racismo, o classismo, e consegue ver hoje que, naquela época, só tinha dois atores pretos na novela”, reflete.
Outras mudanças
- Irmãos na primeira versão de "Vale Tudo", Consuelo (Belize Pombal) e Jarbas (Leandro Firmino) são casados. Daniela (Jessica Marques) e André (Breno Ferreira), antes sobrinhos, agora são filhos dos dois personagens.
- Na versão de 1988, Poliana (Pedro Paulo Rangel) terminava a novela com a vizinha Íris (Cristina Galvão). Agora, Poliana (Matheus Nachtergaele) será uma pessoa assexual, alguém que sente pouca ou nenhuma atração sexual por outras pessoas, independentemente de gênero.
- Algumas personagens deixaram de existir no remake: a própria Íris e a avó dela, Dona Pequenina (Lourdes Mayer);
Maria José, a Zezé (Zeni Pereira), a empregada no apartamento de Bartolomeu (Claudio Correa e Castro), e Marília (Bia Seidl), que apareceu na reta final da novela como a nova namorada de Laís (Cristina Prochaska). - Na primeira versão, Gildo (Fernando Almeida) era o jovem ajudado por Raquel (Regina Duarte). No remake, Letícia Vieira será Gilda, que terá sua vida transformada depois que conhecer a personagem de Taís Araújo.
- Em 1988, quando Raquel se muda de Foz do Iguaçu para o Rio de Janeiro, ela mora no Catete, na Zona Sul da cidade. No remake, a personagem viverá em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.