Tudo no shopping: bancos, clínicas, coworkings e órgãos públicos invadem centros de compras
Shoppings se reinventam e viram verdadeiros hubs de serviços, atraindo consumidores que buscam praticidade e conforto em um só lugar
Os tradicionais centros de compras, antes focados apenas em moda, alimentação e entretenimento, vêm ando por uma profunda transformação. Em Belo Horizonte e em outras capitais brasileiras, os shoppings se adaptam a uma nova lógica de consumo e consolidam-se como hubs de serviços essenciais, reunindo bancos, clínicas médicas, espaços de coworking e até repartições públicas. A tendência, conhecida como mixed-use (uso misto), tem como objetivo oferecer ao consumidor praticidade, conveniência e segurança em um único local.
Em tempos de rotina acelerada e busca por soluções ágeis, os shoppings aram a atrair consumidores interessados não apenas em compras, mas também em resolver demandas do dia a dia. Agendar uma consulta, sacar dinheiro, trabalhar remotamente ou mesmo resolver pendências com órgãos públicos agora pode ser feito dentro do próprio centro de compras, muitas vezes próximo à residência ou ao trabalho do cidadão.
A estratégia também atende aos interesses dos próprios empreendimentos. Ao diversificar a oferta de serviços, o fluxo de visitantes permanece constante, mesmo em períodos de retração no consumo. A presença de serviços essenciais amplia o tempo de permanência nos shoppings e impacta positivamente no desempenho das demais lojas.
Expansão dos serviços: de clínicas médicas a coworkings
Entre os serviços que mais se destacam nesse novo cenário estão as clínicas médicas e odontológicas, que se tornaram presença comum nos corredores dos shoppings. Com a crescente demanda por saúde e bem-estar, esses espaços oferecem atendimento ível e horários estendidos, ampliando as possibilidades para quem busca praticidade sem abrir mão da qualidade.
Outro segmento em expansão é o de escritórios compartilhados. O avanço do trabalho remoto e do empreendedorismo digital impulsionou a criação de coworkings em centros comerciais, que oferecem infraestrutura completa, conexão rápida à internet, salas privativas e áreas de convivência.
Além disso, a instalação de agências bancárias e caixas eletrônicos se intensificou, facilitando o o aos serviços financeiros para quem já frequenta o shopping por outros motivos. Em um mesmo espaço, o consumidor pode realizar transações bancárias, fazer compras e resolver questões de saúde, sem enfrentar deslocamentos longos ou múltiplos compromissos em diferentes endereços.
Shoppings abrigam até serviços públicos
Chama atenção também o movimento recente de órgãos públicos que am a operar dentro dos shoppings. A proposta é simplificar o o da população a serviços que tradicionalmente exigem filas e longos deslocamentos.
“Shopping centers tendem a fornecer uma boa infraestrutura e localização. Centralizar esses serviços nesses locais facilita o o da população e melhora a experiência dos usuários, quebrando barreiras para o usufruto de serviços essenciais”, comenta Luiza Meireles, gestora pública.
Uma nova experiência de consumo e cidadania
O conceito de uso misto, já consolidado em grandes mercados internacionais, tem no Brasil um terreno fértil para crescimento. A união de conveniência, diversidade de serviços e conforto transforma os shoppings em centros urbanos dinâmicos, uma espécie de “cidade compacta”, onde o consumidor resolve múltiplas demandas com maior agilidade.
Para o varejo, a presença de serviços é um motor estratégico que equilibra o fluxo de consumidores, reduz a sazonalidade e promove novas interações com o espaço. Para o público, significa ganho de tempo, facilidade de o e integração entre vida pessoal, profissional e consumo.
Seja em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte, os shoppings se consolidam como parte ativa do cotidiano urbano, reinventando seu papel na vida das pessoas.