O senador Omar Aziz (PSD-AM), recentemente eleito para comandar a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado, afirmou que o colegiado vai investigar se as joias doadas pelo governo da Arábia Saudita a integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL) foram um presente ou propina em troca da venda de uma refinaria da Petrobras na Bahia.

“Como presidente da comissão CTFC, vou abrir investigação no Senado sobre a venda refinaria da Petrobras Landulpho Alves, na Bahia, para o fundo árabe Mubadala Capital”, publicou Aziz em uma rede social.

“Qualquer violação ao interesse da União, relação com a tentativa de descaminho de joias, ou qualquer ato que tenha gerado vantagens a autoridades nessa venda, será levado à Justiça para punição dos envolvidos”, continuou.

Aziz anunciou que pedirá à Petrobras documentos sobre a avaliação de preço abaixo do valor de mercado do ativo brasileiro para os estrangeiros.

Em outubro de 2021, o governo Jair Bolsonaro tentou trazer para o Brasil, de forma irregular, joias de diamante avaliadas em cerca de 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 mi. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O colar, o anel, o relógio e o par de brincos foram um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, após uma viagem oficial ao país do então presidente, em outubro de 2021. Os produtos foram apreendidos no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Em decorrência do episódio das joias, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que existe a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro, da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e do ex-ministro de Minas Energia Bento Albuquerque serem ouvidos sobre o caso. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o episódio.  

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