GOVERNO LULA

Comissão de Ética faz reunião de emergência após denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida

Reunião não consta na agenda da Comissão de Ética Pública, órgão ligado ao Palácio do Planalto, e começou por volta das 10h desta sexta-feira (6)

Por Lara Alves
Atualizado em 06 de setembro de 2024 | 13:30

BRASÍLIA — A Comissão de Ética Pública, que pertence à Presidência da República, marcou uma reunião emergencial nesta sexta-feira (6) diante das denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

As acusações vieram a público na quinta-feira (5) à noite em matéria do colunista Guilherme Amado, do Portal Metrópoles, e uma das vítimas, segundo ele, é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

A reunião entre os sete membros da Comissão de Ética é virtual e não consta na agenda. O grupo é responsável por fiscalizar o cumprimento do código de conduta por autoridades do governo — ministros, por exemplo. Os encontros são mensais. O próximo estava marcado apenas para 30 de setembro.

Ministro Silvio Almeida é ouvido por CGU e AGU

Ainda na quinta-feira à noite, o Planalto designou o controlador-Geral da União, Vinícius Carvalho, e o advogado-Geral da União, Jorge Messias, para ouvir o ministro Silvio Almeida sobre as denúncias. O governo reconheceu, em nota, a gravidade das acusações.

“O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, publicou a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula (PT). 

As denúncias contra Silvio Almeida ameaçam a permanência do ministro no cargo, e a tendência é que o governo decida afastá-lo. Nesta sexta, a primeira-dama, Janja Lula da Silva, publicou uma foto em apoio à ministra Anielle Franco. 

O ministro nega as denúncias. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”, declarou.