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Tentativa de resgate de joias foi feita a pedido de Bolsonaro, diz ex-assessor
Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, informou em depoimento à Polícia Federal pedido de Bolsonaro no caso das joias retidas pela Receita em São Paulo

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou que as tentativas sem sucesso de recuperação de um conjunto de joias retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos (SP) foram feitas após um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O militar foi ajudante de ordens e braço direito do ex-mandatário no gabinete presidencial. A declaração foi feita em depoimento à Polícia Federal. As informações são da jornalista Andreia Sadi, do portal G1.
Cid contou ter sido informado por Bolsonaro sobre a existência de um presente interceptado pela receita. O ex-presidente teria, então, pedido que seu ajudante de ordens conferisse se era possível regularizar os itens. Por conta do pedido, o militar teria entrado em contato com o então secretário especial da Receita, Júlio César Vieira Gomes, que confirmou a existência de um pacote retido.
O ex-secretário da Receita teria informado, ainda, que já havia um pedido de liberação feito em novembro de 2021. Este pedido estava em nome do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que chegou a dizer que as joias seriam para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O ex-ministro estava junto ao seu assessor que portava o conjunto de joias na entrada ao Brasil e itiu que omitiu um outro kit, que ou pela fiscalização no aeroporto.
O conjunto de joias foi dado pelo governo da Arábia Saudita em outubro de 2021, como informou o Estado de S. Paulo. Os itens eram um colar, um par de brincos, um anel e um relógio, com diamantes e avaliados em R$ 16,5 milhões. O kit foi retido pela tentativa ilegal de entrada no Brasil sem declaração à Receita. Há registros de pelo menos outros dois conjuntos dados pelo governo saudita a Bolsonaro, já devolvidos à União.
Na viagem em que sua comitiva recebeu as joias para trazer ao Brasil, Bento Albuquerque tratou com os árabes sobre o processo de venda de ativos da Petrobras e a possibilidade de o Brasil ar a integrar a Opep+, uma versão mais ampla da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A informação consta de um telegrama enviado pela embaixada brasileira na Arábia Saudita para o Ministério das Relações Exteriores, também de acordo com o G1.
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