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Josias Pereira

Mineiro de Pedra Azul, jornalista graduado pela Centro Universitário Newton Paiva, editor do Flashscore Brasil, há mais de uma década no jornalismo esportivo e com experiência em coberturas internacionais, como duas Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. Ex-setorista do Cruzeiro em O TEMPO e na FM O TEMPO. Colunista.

OPINIÃO

Uma camisa do Cruzeiro jamais será feia, mas dava pra fazer algo melhor

O designer da fornecedora não esteve lá muito inspirado quando propôs as camisas desta temporada — e claro, quem da diretoria as aprovou.

Por Josias Pereira
Publicado em 30 de maio de 2025 | 22:20

Estamos nós de novo às voltas com os uniformes do Cruzeiro. E temos que dizer: o designer da Adidas não esteve lá muito inspirado quando propôs as camisas desta temporada — e claro, quem da diretoria as aprovou. Confesso que demorei a me acostumar com o uniforme número 1. Até que veio o dois e me deixou com aquela sensação de que faltou capricho, muito capricho. Estragar uma camisa branca do Cruzeiro é uma missão bem difícil. Pois é...

Eu jamais vou dizer que uma camisa do Cruzeiro é feia. Mas realmente não foi a melhor escolha proposta pela fornecedora. Valorizo bastante a ideia de celebrar o hino do clube, que neste ano completa 60 anos, uma belíssima composição do saudoso Jadir Ambrósio. Mas por que não fazer umas linhas mais finas, com as ondas sonoras menos destacadas, apenas como um detalhe bonito em uma camisa de predominância branca?

Seria muito mais apropriado à ideia do que apresentar linhas horizontais tão grossas e um tanto quanto descaracterizadas. Mas, enfim, esperemos que as coisas melhorem daqui para frente, até porque o contrato com o fornecedor também é longo e o Cruzeiro ará a ser o único time da Adidas no estado. 

Para não dizer que estou sendo o chato, gostei do trecho do hino na parte de trás, no ponto superior do uniforme. Não sou contra uniformes diferentes e com riscos até irreverentes, mas que isso seja feito e reservado para um terceiro uniforme, complementando a coleção. 

É até curioso que estejamos aqui discutindo isso, tendo em vista que o ano começou tão promissor, com a coleção de treino tornando-se um verdadeiro sucesso. Mas gosto é gosto e, com certeza, muitas pessoas, quando verem a peça em outras, não terão nenhum problema de investirem no modelo. E é justamente por isso, pelo engajamento monstruoso da Nação Azul, que a Adidas precisa valorizar mais a marca Cruzeiro. 

Que as próximas coleções estejam próximas à identidade celeste, podendo até ter contornos mais simples, mais modestos, mais clean.

Quanto ao nosso presente, se a camisa "peculiar" veio, que ela traga títulos, bons jogos, boas campanhas, pontos e torne-se histórica. No fim das contas, o que vai contar mesmo é o que acontecer no gramado. O uniforme sempre vai continuar sendo uma coisa mais estética, para aquela discussão em uma mesa de bar ou no intervalo de um jogo no Mineirão.