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Janja publica foto com Anielle Franco depois de denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida

O post, que não foi acompanhado de qualquer legenda, foi entendido como um sinal de apoio da primeira-dama à ministra, apontada como uma das vítimas

Por Lucyenne Landim
Atualizado em 06 de setembro de 2024 | 13:11

BRASÍLIA - A primeira-dama Janja Lula da Silva publicou, na noite de quinta-feira (5), uma foto com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O post foi visto como um sinal de apoio a Anielle depois da divulgação de denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A foto publicada por Janja não foi acompanhada por legenda.

O caso foi publicado na tarde de quinta-feira pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. De acordo com ele, Anielle foi uma das mulheres assediadas. As denúncias foram recebidas pela organização Me Too Brasil, que confirmou as informações sem divulgar a identidade das vítimas.

Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República itiu a “gravidade das denúncias” e informou que “o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”.  

O governo avalia, agora, qual será o futuro de Silvio Almeida na Esplanada dos Ministérios. Há a tendência de que o ministro deixe a pasta que comanda. A decisão, porém, deve ser tomada depois de uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Anielle.

Por meio de nota oficial e de um vídeo publicado nas redes sociais, Silvio Almeida chamou as acusações de mentiras. No texto, ele cita o respeito que tem pela mulher e a filha e diz que a denúncia não tem materialidade e se trata de “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicar sua trajetória e as causas que defende.  

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. (...) Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”, frisa no texto. 

Ele também adiantou que vai pedir investigação do caso. “Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso”, afirmou.